domingo, 11 de setembro de 2016

Estatística

Hoje eu poderia ter me tornado mais um número nas estatísticas.
Aproveitando a balada versão especial Madonna, resolvi me divertir com um amigo. Tudo corria bem, até que no fim do rolê, um cidadão deixa o amigo ir dar uns pegas com um cara e para pra trocar ideia com a gente enquanto esperávamos o táxi pra ir embora.
Poderia ser só mais uma conversa, mas não foi.
Cabe dizer que o cidadão que parou pra conversar era o típico gay padrão. Só faltava falar "baladinha top".
Lá pelas tantas na conversa, ele acha que é ok virar pra mim e dizer "ai, amiga, quando te vi na balada falei -olha o Leão Lobo. Mas nada contra gordo, viu. Só que tive que brigar com um hoje, gordo horroroso, cabelo ensebado, por causa de xyz...." E o discurso continua.
Talvez eu não tenha tido a coragem de falar o que queria na hora, mas eu vou te dizer o que penso de você agora.
Durante toda a minha vida eu fui motivo de chacota por ser gordo, por ser fora do padrão. Sempre chamado de feio, sempre com dificuldade pra me aceitar e durante toda a adolescência quis desaparecer, afinal eu era o errado.
Entrando na faculdade pude perceber o quanto a vida é diferente, e o quanto as coisas melhoram quando crescemos. Porque é possível ser feliz sendo gordo, magro, alto, baixo, branco, negro, pardo, hetero ou gay. E a gente só aprende isso quando começa a se sentir desejado, quando vê que as pessoas ao seu redor te olham não como um esquisito, mas com vontade de levar pra casa.
Eu demorei vinte e dois anos pra gostar de mim do jeito que eu sou, e a faculdade, a terapia e os amigos foram os grandes diferenciais pra que isso acontecesse.
Até que hoje chega esse gay-padrão pra dizer que não estou ok como sou, que eu deveria arrumar minha barba de tal jeito, cortar o cabelo de tal forma e que aí eu estaria "bom".
Querido, eu vou te dizer uma coisa, mesmo que esse texto nunca chegue em você: Faz dois anos e três meses que eu namoro, depois que decidi me amar, não tive mais problemas pra me relacionar com pessoas, depois dos 20 anos pude me sentir querido e desejado várias vezes, e se hoje fui pra balada com meu amigo foi pra me divertir, não pra servir de carne no açougue da padronização.
Você, como me contou em pouco tempo de conversa, ainda precisa ficar triste porque o boy do aplicativo te ignorou o final de semana inteiro, e o boy da balada te trocou por outro (e nem lembrava seu nome).
Eu só queria te dizer que hoje você não venceu. Eu poderia ter chegado em casa e chorado. Eu poderia estar triste agora. E, se você não tem noção das coisas que fala, você poderia até ter causado estragos piores com essa sua fala gordofóbica. Mas hoje, meu querido, hoje você não conseguiu.
Boa sorte na sua mediocridade.
A única estatística da qual eu decido fazer parte hoje é a dos caras felizes e bem resolvidos.
E foda-se a tua "opinião".

quarta-feira, 26 de março de 2014

Tempo do Amor

Daí hoje bateu uma inspiração pra poematizar e pá! surgiu esse aqui. Postei, pronto. Nem sei porquê (ou talvez eu saiba). 

Tempo do Amor

Te amei em cada mensagem
Te amei em cada cumprimento
E em cada sorriso tímido
Te amei naquele momento

Te amei ao nascer do sol
Te amei ao brilho da lua
E toda vez que você dobrava a esquina
Te amei quando você cruzava a rua

Te amei ao te ver sorrir
E te amei quando finalmente te beijei
Te amei no instante em que te perdi
Te amei, te amei, te amei

E depois de tudo isso, meu amor,
Te amei ao te ver ir embora
Te amo escrevendo esse poema
Te amo, de novo, como outrora

Esse amor é um treco engraçado
É doido, amigo, disso eu sei
Dentre todas as pessoas que tive
Mais uma vez, só a ti amei.

domingo, 25 de março de 2012

Faraway

"E nosso herói parte agora para mais uma aventura.
Depois de ter escapado das garras do dr. Panacea, um visionário mestre na arte da manipulação de fármacos, que preparava um novo veneno chamado Cupido, que iria impedir que as pessoas se apaixonassem, o nosso herói caminha em direção a cidade de Faraway, onde espera encontrar mais uma grande aventura.
No meio do caminho para pra descansar sob a sombra de uma grande macieira, de onde também tira alimento e sob a qual encontra um pouco de paz e sombra, coisas as quais há muito estavam esquecidas.
Enquanto descansava, pensava sobre o que havia passado na última semana, preso no cativeiro do dr. Panacea, e conversava consigo mesmo sobre como a vida realmente é uma grande caixinha de surpresas e Deus, se Ele existir lá em cima, é o maior humorista de todos, pregando peças novas a cada dia e rindo disso tudo.
Quando percebeu que estava falando sozinho e que havia outra pessoa o observando, levantou ainda desconcertado, e tentou iniciar uma conversa, que foi retribuída com um grande sorriso e um caminhar lado a lado rumo a Faraway."
Seria este o início da próxima aventura do nosso herói? Seria este o novo Super Vilão a ser combatido? Será que o nosso herói ainda encontrará o que tanto procura? E a Caixa de Pandora, está mesmo perdida em outra dimensão? Descubra a resposta para essas e outras perguntas nos próximos capítulos.


Às vezes nem eu acredito que escrevo essas coisas... haha

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Life

“Life is painful and messed up. It gets complicated at the worst of times, and sometimes you have no idea where to go or what to do. Lots of times people just let themselves get lost, dropping into a wide open, huge abyss. But that’s why we have to keep trying. We have to push through all that hurts us, work past all our memories that are haunting us. Sometimes the things that hurt us are the things that make us strongest. A life without experience, in my opinion, is no life at all. And that’s why I tell everyone that, even when it hurts, never stop yourself from living”

Alysha Speer

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Fuck!

You're always there, you're everywhere,
But right now I wish you were here.
Damn, damn, damn... what I do to have you here?